Voltei.
Porque aprendi que nada é definitivo, nada é garantido, nada... a não ser o que nos leva deste mundo. E eu, de certa forma, andei fora deste mundo, ainda ando às vezes...
E aprendi que caio mas que me levanto sempre. Aprendi que caio mais vezes do que gostaria mas que não devo considerar cada queda uma derrota. Aprendi a aceitar que, por mais pequeno e mesquinho que pareça ser o meu mundo se o compararmos com os grandes dramas mundiais, é com ele que tenho que lidar no dia a dia, é a ele que tenho que prestar contas, é ele que ocupa os meus dias, é dentro dele que vivo e por isso não me devo sentir culpada ou egoísta por olhar por mim, por deixá-lo ocupar-me a mente, por nem sempre ver para além das suas paredes. Aprendi que tenho que me esforçar para que as desilusões não me façam deixar levar pelo medo de confiar nas pessoas e na vida. Aprendi que ao achar que estou a ficar doida estou justamente a dar sinal de que a minha sanidade mental se mantém em perfeito estado senão nem daria conta. Aprendi a não esperar demais de mim e a aceitar que hei-de cair mais vezes. Aprendi que há pessoas absolutamente maravilhosas neste mundo e há outras... que nem por isso. Aprendi que nem sempre damos a quem nos dá e nem sempre recebemos de quem recebe de nós. Aprendi que o amor verdadeiro nunca morre e que tenho muita sorte por continuar a ter à minha volta pessoas que me amam sempre, mesmo quando eu própria não o faço. Aprendi que ainda sou capaz de iluminar sorrisos. Aprendi que sou uma sobrevivente e que continuo, sempre que posso (e às vezes, muitas vezes!, mesmo quando não devo), a fazer o que me dá na real gana!
Por isso voltei. Recupero assim parte de mim, porque sim, porque quero, porque me faz sentido como me fez sentido antes ir embora. E faço-o por mim, apenas e só.
O resto... depois logo se vê.
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