segunda-feira, março 15, 2010

Balançando eu também...

Dias de sol, primeira ida à praia de 2010, conversas profundas, conversas banais. O colchão novo, órfão de mãe que passou para mim, a tremelicar por todo o lado. Diz que faz bem. Surpresas esperadas afinal e o riso nervoso, gargalhadas mesmo, incontroláveis e tristes de quem se ri de si próprio pelos piores motivos e que puxam o choro e tudo, tudo isto a dizer que é possível estar louco temporariamente. As histórias contadas, histórias onde eu já existia mas era apenas um pequeno pião, histórias de vida também minha a construir o que somos hoje. E a sensação de que está próximo mesmo longe, tão longe, o mais longe possível. Não é possível estar mais longe, inacessível, não é possível. E a vontade de perguntar coisas e saber mais porque era de mim que falava, era eu que estava no seu pensamento. O sol a bater, o mar a chegar perto, a cabeça a estalar, de dor, sim mas cheia, bojuda com pensamentos e palavras ouvidas e palavras de esperança também, de quem acredita num caminho. E ainda com capacidade para sorrir para o sol, sorrir para o mar, inspirar fundo e retomar. Sem saber muito bem como mas sim, sem dúvida, retomar.

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