Mas há quem não o faça, sistematicamente. Há quem ignore total e completamente o pedido e faça gala de fazer justamente o contrário: não bate, entra de rompante e da forma menos discreta possível, deixa a porta escancarada, esteja a sair ou a entrar. Sempre.
Tenho para mim que o faz de propósito. Tenho para mim que aquela alminha pequena, mesmo que inconscientemente, não aceita que estas regras de boa convivência e civismo no local de trabalho se apliquem a ele. Tenho para mim que pensa que um "chefe" não tem nada que bater à porta dos seus subordinados e que eles têm que se aguentar com a sua presença barulhenta, mesmo que isso perturbe a sua concentração, o seu bem estar, numa sala já naturalmente cheia e complicada onde todos se esforçam para manter o ruído num nível aceitável. Tenho para mim que a triste figura tem necessidade de se afirmar e como não o consegue naturalmente e acha que bater às portas o inferioriza, entra saltitante, de rompante, para que todos notem que entrou e que o fez sem avisar "porque eu posso!". Mas, acima de tudo, tenho para mim que um dia destes é dia santo e lá vou eu ter que dizer alguma coisinha assim simpática, subtil, delicada (o meu forte, portanto!) a ver se aprendemos todos a ler...
2 comentários:
E que tal oferecer-lhe um painel em néon colorido a dizer "CHEFE... mas pouco"?
:) a parte do néon colorido era capaz de lhe agradar... agora o resto...
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