Ainda. Serei uma pessoa estranha? A maioria das pessoas diz que não. Eu... já não sei. E em conversa descobrimos que tenho uma corda com determinado comprimento, que está presa, que não estica. E eu estou na outra ponta, aos puxões, mas com consciência de que ela não é suficiente comprida para chegar onde deve, onde eu quero, que para isso ela tem que se desprender e que eu ainda não tenho força para o fazer. Mas vou tentando, não deixo de tentar. Puxo para andar em frente e para não ceder à força nas minhas costas e não me deixar puxar para trás. Mas, enquanto isso, fico no meio, nem atrás nem à frente, fico travada na terra de ninguém. E a energia que emprego na vontade de a soltar volta-se contra mim. O nó vai-se apertando cada vez mais, sufoca-me, aperta, aperta e fecha-me, comprime-me, tira-me o ar e bloqueia a vida que corre nas veias. Na terra de ninguém... travada em movimento e sentimentos, não me sentindo pertencer a lugar nenhum.
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