não é dada pelos ponteiros do relógio nem pela posição do sol... simplesmente sente-se... quando, de repente, faz sentido.
sábado, outubro 31, 2009
Adeus
sexta-feira, outubro 30, 2009
Sim
quinta-feira, outubro 29, 2009
De mãos vazias
Every breath you take...
quarta-feira, outubro 28, 2009
Delírios de uma inconformada
Paris
De manhã
terça-feira, outubro 27, 2009
Symbiosis
Carta II
"Azahar"
segunda-feira, outubro 26, 2009
Freud explica...
E mais uma voltinha por este nosso lindo Portugal...
Mais uma coisa para a qual tenho jeito e não há como negar!
domingo, outubro 25, 2009
On and on and on...
Descobertas 2 em 1
Finalmente, trabalhei os biceps...
A música e a letra. Para ouvir e entender.
When you try your best, but you don't succeed
When you get what you want, but not what you need
When you feel so tired, but you can't sleep
Stuck in reverse
And the tears come streaming down your face
When you lose something you can't replace
When you love someone, but it goes to waste
Could it be worse?
Lights will guide you home
And ignite your bones
And I will try to fix you
And high up above or down below
When you're too in love to let it go
But if you never try you'll never know
Just what you're worth
Lights will guide you home
And ignite your bones
And I will try to fix you
Tears stream down your face
When you lose something you cannot replace
Tears stream down your face
And I...
Tears stream down on your face
I promise you I will learn from my mistakes
Tears stream down your face
And I...
Lights will guide you home
And ignite your bones
And I will try to fix you
sábado, outubro 24, 2009
Adenda à "Descoberta"
Descoberta
sexta-feira, outubro 23, 2009
E o prémio "Isto é que é fazer pendant" vai para...
My twilight zone
quinta-feira, outubro 22, 2009
Frase do dia
Rabbi Julius Gordon
A tal porta que se fechou, a tal janela que se abriu
quarta-feira, outubro 21, 2009
21
Apanhada!
O que é que isto significa?? Significa que agora vou começar a receber diariamente cerca de 50 a 52 emails com paisagens de Angola nos anos 70 "em lindos slides, realmente as pessoas que fazem aquilo são artistas, não há dúvida"! Como alternativa temos também as mil e uma maravilhas que há por este mundo fora que vão desde as ilhas paradisíacas do Pacífico aos monumentos em Roma às... paisagens de Angola nos anos 70!
Estou a simular...
terça-feira, outubro 20, 2009
Holding hands
Ao viajante incauto...
Chuva
segunda-feira, outubro 19, 2009
Gostinho ao dedo
Já não...
domingo, outubro 18, 2009
Lá atrás... #3
Um dia qualquer, para aí no princípio dos anos 90, não me lembro bem, apareceu nos meios de comunicação social uma vidente ou bruxa ou coisa que o valha, a quem deram (demasiado) tempo de antena, e que jurava a pés juntos que, num determinado dia de um determinado fim de semana, ia haver uma grande desgraça na cidade de Lisboa (terramoto?) e que isto ia tudo "para o galheiro". Nem sei bem como é que a fobia começou mas o que é certo é que se foi alastrando e levou a que imensos lisboetas acorressem aos bancos para levantar o dinheiro todo, que os supermercados se tenham enchido de gente que queria encher a despensa antes do mundo acabar (o mundo lisboeta, bem entendido sendo que a despensa também era capaz de ser lisboeta mas, ok, não vale a pena tentar entender...) e que muitos outros tenham pegado nas tralhas e resolvido, pelo sim pelo não já que desta vez o apocalipse vinha com aviso prévio, ir passar o fim de semana ao Algarve.
sábado, outubro 17, 2009
De volta
sexta-feira, outubro 16, 2009
Lessons to be learned
How people treat you is their karma; how you react is yours.
Perspectiva
quinta-feira, outubro 15, 2009
Hoje
quarta-feira, outubro 14, 2009
Ressaca
Ecotuga
Caramba...! A responsabilidade pessoal no que diz respeito ao ambiente está cada vez a ir mais além... um dia destes temos que começar a preocupar-nos em não comer cozido ou feijoada antes de viajar porque aquilo pesa na tripa que se farta e até que esteja pronto para ser expelido, ui, ui... É que os japoneses aí não fazem mossa, lá com os sushis e assim, mas se for um avião cheio de portugueses, daqueles de raça, que não se fazem rogados em aviar duas ou três travessas, bem regadas de tintol, as emissões de CO2 podem aumentar para níveis assustadores! Além disso, se formos a ver, esse tipo de alimentação é duplamente nocivo. Afinal de contas também contribui para a soltura de gases em pleno vôo o que não é nada amigo da atmosfera que rodeia a pessoa do lado!
E pondo-me aqui a raciocinar um bocadinho, e se quisermos ser rigorosos, diria que o próximo passo deverá ser pensar-se num dress code para estas ocasiões, não...? Sei lá, deixa cá ver... talvez abolir as capotas alentejanas do nosso guarda-roupa...
Hhuumm... Isto de ser ecoconsciente e português ao mesmo tempo pode tornar-se muito complicado...
Conclusão
terça-feira, outubro 13, 2009
segunda-feira, outubro 12, 2009
O que eu devia ter dito mas que sei que tu sentes e sabes sem ter sido preciso dizer
Adoro que troques os nomes de pessoas e coisas e que, uma vez embirrando, nunca mais consigas acertar e que, por isso, o meu urso Jorge tenha sido sempre Júlio e que a minha amiga Sara tinha ficado para sempre Sissa e que afirmes que o nome da Zé é certamente Joseca e que a noz moscada seja, para ti, noz moscarda porque achas mais piada dizer assim. Adoro que confundas os alhos com os cogumelos no supermercado e que tires a rama ao nabo ainda na banca porque as indicações que tens são de levar nabo para casa e nada mais. Adoro as histórias deste género que existem sempre sobre ti e o que elas me fazem rir. Adoro que sintas a música de uma forma tão especial, que ouças as notas e aprecies os arranjos como não conheço ninguém e que tenhas feito sempre questão de me passar isso. Adoro a paciência com que te proposeste a ensinar-me piano apesar de, entredentes, me dizeres que se calhar era "velha" demais e adoro que tenhas passado toda a minha vida a tocar sabendo que eram as tuas mãos que criavam o último som que eu ouvia antes de adormecer. Adoro ver o brilho nos teus olhos e o teu sorriso quando falas de algo que te entusiasma ou ouves alguém interessante falar. Adoro que tenhas um sentido de humor muito british e que nem sempre te entendam.
Adoro que mostres um orgulho não babado quando conquisto algo ou me saio com uma ideia brilhante. Adoro que te preocupes comigo como ninguém faz. Adoro que tenhas sempre imensa curiosidade em saber o que comi se fui a algum sítio diferente e que fiques danado se alguém fala comigo e não pergunta. Adoro que mostre personalidade até nas pequenas coisas e que às vezes não seja fácil lidar contigo e que tu não te importes porque és assim com convicção. Adoro andar por aí a pensar que doces te posso levar e adoro que digas "vou comer os doces que a T. ME trouxe". Adoro que me ligues a dizer que gostaste e que não comeste tudo para "durar mais". Adoro que saibas de cor expressões e passagens inteiras de qualquer romance de Eça de Queiroz e que me ajudes a interpretá-los quando fico "presa" em algum lado. Adoro que me tenhas ensinado a prever o tempo observando o sentido em que o vento empurra as nuvens. Adoro que fales de futebol comigo, que aprecies o jogo pelo jogo e que saibas sempre a quantos pontos vamos. Adoro que adores comboios e saibas as linhas todas. Adoro que mostres entusiasmo por ter uma razão para pegar numa enciclopédia ou num dicionário e que me tenhas "pegado" esse gosto.
Adoro que aches que as criancinhas são todas parvas por não gostarem de sopa de legumes "uma coisa tão boa". Adoro que contes os doces na mesa de Natal e que digas "irra, são 18, isto assim é impossível...". Adoro que mistures no prato secos e molhados e que aches perfeitamente lógico que a rabanada, sendo seca, tenha que ter molho e que o molho possa perfeitamente ser leite creme. Adoro quando os teus olhos brilham como uma criança quando sabes que vais comer batatas fritas ou gelado.
Adoro que aproveites qualquer ocasião para podermos almoçar ou tomar café por saberes que seremos só nós os dois e adoro contar contigo para me ajudares a fazer a mala atirando ideias ao ar sobre os items dos quais não me posso esquecer. Adoro que me esperes na rua quando sabes que vou lá e que te mostres tão contente por me ver e por ter dinheiro trocado para o parquímetro. Adoro que adores sair e passear comigo e conhecer sítios novos. Adoro que mostres sempre que gostas das minhas prendas e que, de cada vez que as usas, refiras que fui eu que dei. Adoro que me chames "tchinha" porque raramente o fazes e porque só tu o fazes, mais ninguém. Adoro que sejas sincero quando falas comigo a sério e que sintas sempre facilidade em fazê-lo. Adoro que queiras sempre resolver os assuntos pendentes entre nós para teres a certeza que não fica ali nenhum grão de areia a incomodar.
Adoro que sejas meu cúmplice e que troquemos olhares e sorrisos, sem ser preciso falar, quando pensamos ao mesmo tempo na mesma coisa. Adoro olhar ao espelho e ver-te e adoro que digam que sou, sem dúvida, a mais parecida, de cara e de feitio. Adoro que estejas na minha vida de forma tão presente e adoro não conhecer ninguém nas nossas circunstâncias que tenha esta ligação e ouvir dizer isso mesmo. Adoro que sejas o meu melhor amigo, a "minha pessoa" e não quero que termine, nunca.
A propósito...
Para começar a semana. Para me fazer voar, para sair de mim porque a música quando me toca consegue sempre levar-me para um outro mundo...
domingo, outubro 11, 2009
O Pablo e eu (e não só) a pensar da mesma forma
Morre lentamente quem se transforma em escravo do hábito, repetindo todos os dias o mesmo trajecto, quem não muda as marcas no supermercado, não arrisca vestir uma cor nova, não conversa com quem não conhece.
Morre lentamente quem evita uma paixão, quem prefere o "preto no branco" e os "pontos nos is" a um turbilhão de emoções indomáveis, justamente as que resgatam brilho nos olhos, sorrisos e soluços, coração aos tropeços, sentimentos.
Morre lentamente quem não vira a mesa quando está infeliz no trabalho, quem não arrisca o certo pelo incerto atrás de um sonho, quem não se permite, uma vez na vida, fugir dos conselhos sensatos.
Morre lentamente quem passa os dias queixando-se da má sorte ou da chuva incessante, desistindo de um projecto antes de iniciá-lo, não perguntando sobre um assunto que desconhece e não respondendo quando lhe indagam o que sabe.
Evitemos a morte em doses suaves, recordando sempre que estar vivo exige um esforço muito maior do que o simples acto de respirar.
Estejamos vivos, então!
Pablo Neruda
Love is...
Amor é... saltar juntos em cima de poças de água; amor é... sentirem-se bem quando estão um ao pé do outro; amor é... só eu e tu; amor é... fazê-lo(a) virar a cabeça quando passas; amor é... o beijo que te diz que é ELE(A); amor é... quando o tempo separados desaparece como que por encanto; amor é... o brilho que ele(a) traz à tua vida; amor é... indestrutível. São algumas das frases que ainda circulam por aí.
Continuo a acreditar nisto. Continuo a acreditar que o amor é feito de grandes e pequenas coisas, que pode ter muitas formas, variantes e ser condicionado por muitas variáveis. Mas no fundo... é isto. É sentir emoção só de olhar, é sentirmo-nos completos, estando ou não ao pé um do outro, é gostar de fazer coisas juntos mesmo que seja só estar sentado no banco do jardim sem dizer nada, é admirar apesar dos defeitos, é não conseguir imaginar a vida sem...
Acredito que também se possa alcançar a felicidade sem sentir desta forma. Acredito que haja outros sentimentos que unem as pessoas. Mas nunca se podem chamar amor. E sendo que a vida é mesmo só uma, recuso-me a contentar-me com algo parecido ou mais ou menos isto. Nope... I want the real thing.
O lado bom
Às 3
sexta-feira, outubro 09, 2009
E hoje os astros dizem...
Nada a ver... Maya, amiga, nada a ver. Não tenho nenhuma tendência para desenvolver obsessões. O facto de sentir que o mundo está todo contra mim, que as pessoas são todas uma trampa e ter decidido que, para não me apanharem na curva da próxima vez, o melhor é mudar-me para o Tibete onde só tenho contacto com yaks que, acredito, não têm por hábito esconder debaixo do pêlo lanzudo armas brancas com as quais me poderão surpreender, durante a noite, para a boa da facada nas costas, é pura coincidência...
Ha... mas andam a pé que é uma beleza!
Pois com certeza! Então mas agora que jeito tem andar com gajas todas enroladas em tecido à pendura?! Têm que se preservar as tradições, e sem as aspas!! Ou bem que têm uma bruta mini-saia de imitação de cabedal comprada na feira a 3 euros, com a boa da "tranca" de fora para se poder pavoneá-la e fazer inveja aos outros machos ou então de que serve levá-la toda envolva em tecido a não deixar ver nem um bocadito de pele?? É como levar uma carpete enrolada presa ao porta-couves!
Além disso, existem de facto questões de segurança a ser tidas em conta... e se aquela gaita se desenrola toda e se prende no eixo da roda? Ou se enfia tubo de escape adentro? Ainda a gaja pega fogo, o veículo vai parar à sucata e depois é um vê se te avias! É só despesas, portanto...
Não... fazem muito bem... de facto, estes gajos do Hamas são muito à frente, sim senhor...
Que a força esteja comigo!
"Eiiiiiiiii, não fique assim, não seja negativa!!!!
Dicas para o dia de hoje:
É muito bom saber que, por pior que esteja a ser o dia, há pessoas atentas e que se dão ao trabalho de sair de si... por mim...
quinta-feira, outubro 08, 2009
Carta
Esta que agora te fala é alguém que ainda não conheço bem. Mas é, sem dúvida, diferente e, também sem dúvida, bem menos interessante. Mais fria, mais amarga, mais desiludida, mais, muito mais, desconfiada e descrente na vida, no ser humano. Pergunto-me se já adivinhavas que isto fosse acontecer... Talvez. Sempre viste muito mais longe do que eu.
Dou por mim a imaginar que me vês. Dou por mim a ver-te abanar a cabeça e a pensar "esta miúda não tem emenda...". Dou por mim à espera que me guies. Porque és tu e porque não tenho mais ninguém a quem recorrer. Quero dizer, tenho pessoas há minha volta, sim. Pessoas boas e pessoas más. E as pessoas boas são muitas, felizmente, embora as más façam mossa. Mas nem é por aí. A verdade é que... ninguém me lê como tu. Ninguém. Ninguém me conhece como tu. Ninguém me entende como tu.
Eras a minha base de sustentação. O pilar principal desta estrutura que parece tão robusta mas que, no fundo, é tão frágil, muito mais frágil do que sempre quis admitir. Tirando-te, cai tudo. E caiu.
Tenho aprendido muito nos últimos tempos, sabes? Muito mesmo. Mas não tem sido uma aprendizagem nada fácil porque as lições que tenho tirado são lições muito duras, na maioria dos casos. E tristes também. Negativas. Tenho conhecido e sentido na pele o desprezo, a raiva, a solidão, a desilusão, a desconfiança. Tenho aprendido que nada é certo, que a maioria das pessoas não vale o que lhes damos, que o ser humano tem falhas incríveis sendo algumas delas o egoísmo, a insensibilidade, a frieza, o desamor, a falta de amizade e consideração pelo próximo. Tenho aprendido que não consigo lidar com isso e, acima de tudo, que também eu consigo ser esse tipo de ser humano. Tenho aprendido que fui (sou?) ingénua demais. Acreditei demasiado em mim, na vida, nos outros. Acreditei mesmo porque achava que via. E afinal não via nada ( e lá está, o abanar de cabeça e a expressão de quem não se surpreende...).
Disseste-me uma vez que, com o passar dos anos, o que acontece pontualmente dilui-se no mar imenso que é a vida. Que, por vezes, exacerbamos o que nos acontece em determinado momento, que na altura nos parece fulcral, decisivo, e só mais tarde vemos que afinal não tinha assim tanta importância tendo em conta tudo o resto, tendo em conta a vida toda, que é muito maior. Ou até tinha mas que podia ser resolvido, ultrapassado e que, por isso, não nos deviamos agarrar a ele para ditar tudo o resto. Pois eu espero que estejas errado. Porque quero que este momento me sirva de lição. Quero tirar tudo o que posso daqui e aprender a não repetir, nunca mais. Quero que este momento molde a minha vida. Porque, como se diz quando nos referimos a determinados períodos da História, o que se esquece, o que se minimiza tende a repetir-se. Este é o meu holocausto. Não o quero esquecer, não quero que se dilua.
Em relação à nossa pessoa em comum, o percurso não tem sido fácil. É complicado gerir o que se pode dar e o que seria necessário. Sinto que falho, também aí, por incapacidade. Não consigo dar mais do que isto porque corro o risco de esgotar ( e tu sabes como é fácil que se esgote..!) e depois não ter para mim, entendes? E como não tenho onde ir recarregar... Mas tenho noção, todos os dias, que o que dou não é suficiente. Sinto-me egoísta mas aprendi que tem que ser, é necessário. Estando aqui talvez me recriminasses. Tenho esperança que, estando aí, consigas ver mais além.
Às vezes tento ouvir-te. Olho para cima, observo e sinto o vento e esforço-me muito para sentir o que me dizes. Porque sei que me estás a dizer alguma coisa. Sei. Acredito. Porque a sensação de abandono não pode ser total. Tenho que acreditar. Mas não ando a conseguir ultimamente. Ouço o vento, vejo as folhas a pairar, os ramos a abanar mas não consigo ler a mensagem. Mais uma vez, incapacidade minha certamente...
Sabes, uma coisa que me diziam é que os meus olhos falavam. Quando estava feliz, havia brilho, quando não estava havia uma espécie de névoa. Eu até podia estar a sorrir, a disfarçar, a não querer que se percebesse mas os olhos denunciavam tudo o que ia cá dentro. Tenho olhado ao espelho, sabes, tenho olhado muito ao espelho. Queres saber o que vejo? Não vejo brilho, não vejo névoa. Não vejo absolutamente nada.
Desculpa o tom melancólico desta carta. Mas tu conheces a razão, tu sentes, não é? Prometo que vou tentar fazer melhor para a próxima. Porque quero continuar a escrever-te. A falar contigo através da escrita. Quero sentir que me lês. E quero escrever-te sobre coisas boas. Porque elas existem e vão sempre existir, eu sei, embora agora não as consiga ver bem. Ou melhor, sentir. Mas quero que esta carta seja a primeira de muitas e quero que as recebas e guardes como sempre fizeste com as prendinhas que te dava, tão mal amanhadas, feitas na escola primária. Cinzeiros, pisa-papéis e afins, de barro torto e mal pintado, mas que iam enchendo a primeira gaveta da tua mesinha de cabeceira. Tens uma mesinha de cabeceira aí? Pois então pronto, enche-a agora de mim também.
Os 3 Ps
Setback
quarta-feira, outubro 07, 2009
Cerejas
A "nossa" M. E.
O processo (mas não o de Kafka...)
Muitas vezes, olhamos para trás e vemos que bastou uma determinada palavra, em determinado momento, ou um determinado gesto. Um olhar ou um sorriso, um abraço ou um voltar de costas. Algo muda naquele instante.
Comigo, regra geral, não é nesse momento que percebo mas sim mais tarde. Não é algo que me faça "ver a luz" automaticamente. Penso que a minha desconfiança natural contribui para que assim seja. À partida, desconfio. Portanto, e sendo perfeitamente inconsciente, necessito de tempo para assimilar e para que o momento produza efeitos em mim, se tiver que produzir. E um dia acordo... e deu-se.
Invariavelmente dou por mim a tentar analisar. O que foi? O que não foi? Quando foi? Será para durar?
Invariavelmente ouço: o que é que isso interessa?
Invariavelmente, e fazendo jus à minha curiosidade inata à qual se junta a necessidade de controlo, penso sempre que interessa imenso e passo tempos a avaliar, a medir, a ponderar, a tentar entender o processo para que ele, eventualmente, se possa repetir sob o meu comando.
Invariavelmente, acabo por desistir. Porque nunca é só uma coisa. Nunca é. Sim, foi o abraço naquele momento, sim, foi a palavra naquele dia, sim, foi o choque no outro e sim, foi a conversa com aquela ou aquelas pessoas. E foi a postura da outra e foi aquele sorriso quando não estava a contar e foi o olhar naquelas circunstâncias a falar mais do que palavras.
E fui eu. Eu. Acima de tudo, eu. Porquê? Quando? Como? Onde? O que é? O que significa? Quanto durará? Acho que não depende de mim. Ou, se calhar, só depende mesmo de mim...
terça-feira, outubro 06, 2009
Guia
segunda-feira, outubro 05, 2009
sexta-feira, outubro 02, 2009
Discurso directo
E confia no tempo. Ele é amigo, não inimigo. O que tiver que ser, será, por mais que ele passe. Quando algo é verdadeiro, é verdadeiro sempre, hoje e daqui a 2 anos. Se o tempo o fizer desaparecer é porque não tinha valor logo à partida. O tempo encarrega-se de fazer a triagem por ti."
Águas paradas
Há quem goste do morno, há quem se sinta feliz com ele porque permite ter controlo sobre as emoções, boas e más, e não chateia muito, não dá muito trabalho. Está lá e pronto. Não dá luta. Não torna os dias sempre diferentes, aliciantes, com altos e baixos o que para muitos é o melhor. É um sossego...
Para mim, é para quem se contenta com pouco. Para quem se contenta em sentir apenas pela metade. Para quem confunde insipidez com calma e paz interior. Para quem não tem interesse em viver verdadeiramente ou para quem já desistiu de ser mais feliz do que isso.
Eu não desisto. Não quero nada morno para mim.
Power off
Extinguindo-a, apago um sem número de luzes que normalmente me iluminam. Extinguindo-a, grande parte de mim fica completamente às escuras. E sou eu que vou desligar o interruptor.
quinta-feira, outubro 01, 2009
Frase do dia de ontem publicada com atraso
Pain is inevitable. Suffering is optional.
M. Kathleen Casey