"Amor é...". Era o mote para um conjunto de pequenas frases, acompanhadas por um menino e uma menina de mão dada ou abraçados, e que ilustravam uns quantos autocolantes da minha colecção. Alguém se lembra disto? Vim a descobrir que foram criação de Kim Grove Casali (1942-1997) e têm origem nos bilhetes que escrevia ao namorado que, mais tarde, se veio a tornar marido. Ele guardou-os religiosamente e um dia decidiu enviar os cartoons a um jornal que passou publicá-los. A partir daí tornaram-se um sucesso mundial tendo sido traduzidos em várias linguas. Apesar de hoje já não fazerem o mesmo furor continuam a fazer chegar a sua mensagem a quem a quer receber pela mão de um dos filhos do casal.
Amor é... saltar juntos em cima de poças de água; amor é... sentirem-se bem quando estão um ao pé do outro; amor é... só eu e tu; amor é... fazê-lo(a) virar a cabeça quando passas; amor é... o beijo que te diz que é ELE(A); amor é... quando o tempo separados desaparece como que por encanto; amor é... o brilho que ele(a) traz à tua vida; amor é... indestrutível. São algumas das frases que ainda circulam por aí.
Continuo a acreditar nisto. Continuo a acreditar que o amor é feito de grandes e pequenas coisas, que pode ter muitas formas, variantes e ser condicionado por muitas variáveis. Mas no fundo... é isto. É sentir emoção só de olhar, é sentirmo-nos completos, estando ou não ao pé um do outro, é gostar de fazer coisas juntos mesmo que seja só estar sentado no banco do jardim sem dizer nada, é admirar apesar dos defeitos, é não conseguir imaginar a vida sem...
Acredito que também se possa alcançar a felicidade sem sentir desta forma. Acredito que haja outros sentimentos que unem as pessoas. Mas nunca se podem chamar amor. E sendo que a vida é mesmo só uma, recuso-me a contentar-me com algo parecido ou mais ou menos isto. Nope... I want the real thing.
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