segunda-feira, outubro 26, 2009

Freud explica...

Adoro. Adoro quem fala de fora e acha que sabe. Adoro. Se há coisa que eu adoro é psicologia de algibeira e lições de vida da treta de quem nunca passou por nada de especial mas sabe, fala com certezas, ó senhores do conhecimento supremo. Porquê? Como? Porque sim, nasceu com esse dom. A-D-O-R-O!

Os "mas já passou X tempo, já está na altura de fazeres assim e/ou esforçares-te para assado..." deliciam-me. Qual é o tempo X? Existe uma tabela? Deixa cá ver: desgosto amoroso - 3 meses; perda de emprego - 2 meses e meio; morte de familiar - 5 meses. Sim, senhor... E se for mais do que uma tragédia? Se eu perder o emprego e, simultaneamente, vir o gato ser atropelado, quanto dá? Posso acumular? E tem tecto máximo?

Ah, e depois, na mesma tabela deve haver então indicação, consoante o caso, das coisas que já é suposto fazer-se e /ou esforçar-se para fazer, não é? Certo... e tem por onde escolher? Quer dizer, são dadas várias hipóteses para cada revés na vida ou é só uma? E posso trocar? Se gostar mais da indicação dada a quem esteve internado com um problema na bacia e veio de lá com uma bactéria alojada no coração em vez de ficar com aquela que é indicada para vítimas de terramotos e outras catástrofes naturais, posso fazê-lo? É que é tão mais gira...

Adoro. A certeza que se imprime nas palavras, tal qual profissional do ramo, de quem sabe muito sobre a mente humana e assim; a experiência de vida acumulada, vê-se logo!, a ajudar a carregar o sobrolho e a moldar o ar paternalista. Adoro.

E como adoro o que é que faço?! Sou adorável em consonância, pois está claro! O que às vezes não é bem recebido, não percebo bem porquê.... é curioso... mas, eles, os experts, devem saber...

Sem comentários: