Tenho sono. Um sono esquisito de quem simplesmente está cansado de estar acordado. Muito cansado. Um sono que sei que não vai trazer nada de novo, que só vai servir para esquecer, para não pensar durante umas horas. E ele aqui, ao pé de mim, quieto, com um outro sono, um sono que promete ser eterno em breve. Juntamo-nos os dois, na mesma almofada, cada um a dormir na sua forma, na sua concha mas juntos, a depender um do outro, a respirar a presença mútua, e eu à espera de que possamos acordar amanhã os dois para um dia melhor.
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