não é dada pelos ponteiros do relógio nem pela posição do sol... simplesmente sente-se... quando, de repente, faz sentido.
quinta-feira, dezembro 30, 2010
Deslizando por aí...
domingo, dezembro 26, 2010
EA ou a prenda de mim para mim
"De que cor agora és TU??"
"O EU já não era para ti... (...) porque agora és outra pessoa, certamente melhor e mais preparada para enfrentar novos desafios."
"Sim senhor, todo jeitoso. Como a dona! ;)"
sexta-feira, dezembro 24, 2010
É Natal...
E são só dois dias, e hei-de passá-los a andar de mansinho, a pensar de mansinho, a sentir de mansinho... ao ritmo da minha avó quando mexia a panela de arroz doce...
quinta-feira, dezembro 23, 2010
quarta-feira, dezembro 22, 2010
Red alert
terça-feira, dezembro 21, 2010
Em diferido
O mais certo é terem pressentido que não iria querer responder. A verdade é que dou por mim a ouvir as respostas dos anónimos apanhados desprevenidos, e a pensar no que diria se fosse eu. Mas logo a seguir tomo consciência da vergonha que sinto ao ouvir algumas considerações desses cidadãos incautos e começo a temer fazer a mesma figurinha... Ora, figuras triste eu já faço sem me condicionarem para tal, não há necessidade de o divulgar para todo o país que ainda alguém se engasga a comer a sopa enquanto me ouve.
Mas hoje... hoje!, pela primeira vez na vida, fui abordada para dar o meu testemunho! É verdade, ia eu muito bem na minha vidinha quando alguém se aproxima a perguntar:
- A senhora trabalha aqui? É que sou da SIC e ando a fazer uma reportagem...
Opá, até brilhei! Já me estava a ver a usufruir em pleno da oportunidade de me pronunciar sobre as mais variadas temáticas e partilhar o meu vasto conhecimento e reconhecido bom senso com todos os portugueses à hora do jantar e, quiçá!, contribuir assim para uma sociedade mais esclarecida ou, pelo menos, para uma sociedade que questiona, que abre a sua mente para ouvir outras perspectivas, que deixa que essas outras perspectivas a façam pensar... senti-me como que numa missão..!
Passada apenas uma pequena fracção de segundos, desci à terra. Sorri educadamente, disse "não, muito obrigado" e segui o meu caminho... e o doente mental que me tinha abordado seguiu o seu que certamente já estava atrasado para tomar os comprimidos.
segunda-feira, dezembro 20, 2010
Porque hoje me refrescou o cansaço
I'm staring out into the night,
Trying to hide the pain.
I'm going to the place where love
And feeling good don't ever cost a thing.
And the pain you feel's a different kind of pain.
Well I'm going home,
Back to the place where I belong,
And where your love has always been enough for me.
I'm not running from.
No, I think you got me all wrong.
I don't regret this life I chose for me.
But these places and these faces are getting old,
So I'm going home.
Well I'm going home.
The miles are getting longer, it seems,
The closer I get to you.
I've not always been the best man or friend for you.
But your love, remains true.
And I don't know why.
You always seem to give me another try.
So I'm going home,
Back to the place where I belong,
And where your love has always been enough for me.
I'm not running from.
No, I think you got me all wrong.
I don't regret this life I chose for me.
But these places and these faces are getting old,
Be careful what you wish for,
'Cause you just might get it all.
You just might get it all,
And then some you don't want.
Be careful what you wish for,
'Cause you just might get it all.
You just might get it all, yeah.
Oh, well I'm going home,
Back to the place where I belong,
And where your love has always been enough for me.
I'm not running from.
No, I think you got me all wrong.
I don't regret this life I chose for me.
But these places and these faces are getting old.
I said these places and these faces are getting old,
So I'm going home.
I'm going home.
O copo rachado e colado
Medo de não ter mais forças um dia, medo dos outros, pessoas e momentos, e das "cartas pretas", do inevitável, do incontrolável, tu ou o que vier, medo da dor, dos murros no estômago, de que voltem os dias de antes, os dias de aperto constante no peito, medo de cair e não te levantares mais, medo de cair outra e outra vez, medo da travessia, medo de não teres aprendido nada e que baste um sopro para que o desequilíbrio se instale. Medo da fragilidade, a tua fragilidade, que se deu a conhecer de forma tão imensa, tão profunda que até se podia julgar que não eras apenas uma pessoa mas muitas mais num corpo só. Medo de ti e dos tremores que de vez em quanto te assolam. Medo de que nunca consigas viver, de forma plena e verdadeira, com o copo, o tal copo, que existe mas que nunca mais vai ser inteiro. Medo de que tu não o voltes a ser.
sexta-feira, dezembro 17, 2010
Más notícias ou "é assim a vida dos adultos"
Frase do dia
"All the things one has forgotten scream for help in dreams."
quinta-feira, dezembro 16, 2010
Carta de despedida
Durante algum tempo, provavelmente tempo demais, eras uma carga que trazia presa aos ombros. Arrastava-te como um atrelado, não tendo coragem ou força para cortar as amarras e deixar-te para trás mas percebendo que o que me acrescentavas de bom era cada vez menos.
O que tínhamos durou anos, alguns anos, com altos e baixos, excelentes momentos, péssimos momentos, como todas as relações costumam ter ou, pelo menos, como eu acho que todas devem ter. Porque um relacionamento sempre estável não é um relacionamento apaixonado, vibrante. É como um buraco negro, está lá sossegado, aparentemente pacífico e inócuo, mas quando penetramos nele, suga-nos os batimentos cardíacos, a energia e torna-nos amorfos. Não tenho feitio para ser amorfa, nunca tive, não acho que as mudanças pelas quais tenho passado tenham vindo a alterar esse facto. Não esse facto. Por isso, assim é, com alegrias e tristezas, que nos temos vindo a acompanhar.
Mas, já há algum tempo que as tristezas, preocupações, incómodos evoluiram para gritos e murros na mesa, intolerância, irritação constante abafando o que daqui poderíamos tirar de bom, não é verdade? Já não temos nada para nos dizer, já não temos nada em comum, já não somos "nós". E, meu caro, isto não é vida para ninguém...
Por isso, acabou. Vou avançar para outra, abro caminho para novos intervenientes, para novas ligações, aconselho-te a fazer o mesmo, dentro das tuas possibilidades, das tuas limitações. Lamento, mas tem que ser. Tudo tem um fim, este é o nosso.
Na minha vida, agora, surge uma nova luz que me tem vindo a iluminar o pensamento. Espero que também ilumine os meus dias e as minhas "caminhadas" porque o que eu preciso é de luz e, mais comezinha, de poucas arrelias.
As diferenças entre vocês os dois são flagrantes e imensas, não vale a pena sequer enumerá-las. Mas, curiosamente, há algo em comum... as vogais. Percebo, assim, no que respeita a "andanças", que sou rapariga de vogais. E, vê só!, uma delas até se mantém e tudo! Demasiada coincidência, não achas? Se calhar é a forma que o Universo arranjou de nos manter afectivamente ligados... não sei bem para quê, mas que seja, aceito, que com o Universo não se deve discutir. Quanto à outra vogal, a troca foi da última pela primeira, o que, convenhamos, até carrega em si um discreto mas simpático simbolismo.
Enfim, é o que é, é o que tem que ser. Espero que tenhas um bom resto de vida, espero sinceramente que a tua nova pessoa te trate com o respeito e consideração que mereces, que te mime, que aproveite bem todo o teu potencial, que ainda é muito!, tenho a certeza que ainda tens capacidade de fazer alguém muito feliz, apesar de tudo, e é essa felicidade que desejo para ti.
Adeus, querido EU (o carro, não o outro, desse ainda não me consegui livrar), God Speed para ti também (de notar que este Speed não está em maiúsculas por acaso, espero que tenhas percebido a laracha...!).
quarta-feira, dezembro 15, 2010
terça-feira, dezembro 14, 2010
Bandas sonoras
Descargas
segunda-feira, dezembro 13, 2010
domingo, dezembro 12, 2010
Deve ser do tempo...
sábado, dezembro 11, 2010
sexta-feira, dezembro 10, 2010
Constatação #29
quinta-feira, dezembro 09, 2010
Ó diabo!
Dizem os astros e as cartas e mais não sei o quê:
O que deve, o que é, o que tem que ser, o que é preciso
Ontem, as palavras que saíam da minha boca explicavam-me, explicavam-se. Falava também para mim, organizava ideias também para mim. Enquanto ignorávamos a chuva miúda e graúda, continuávamos ao longo do rio, sem pressas, sem tempo para voltar. Porque o passeio tinha que ter a duração do que faltava falar. Ou pelo menos, do que faltava falar ontem.
Falta-me a constante. E, pela primeira vez em muito tempo, essa é uma boa notícia. Porque a minha constante impregnava-se naquele ponto no peito, não me deixava respirar e acompanhava-me sempre, em tudo o que fazia, dizia, pensava, calava. Como música de fundo, banda sonora sempre igual em todas as cenas, fossem elas quais fossem. No início desesperava-me, toldava-me os movimentos, manifestando-se a uns decibéis bem acima do recomendado. Depois, aprendemos a conviver, a sua presença tornou-se mais discreta, menos ensurdecedora mas, mesmo assim, agri-doce. Sim, já me permitia andar mas, não, não era um andar leve, límpido, fresco e requeria esforço, e requeria preparação para navegar em altos e baixos. Havia uma espécie de concentração de humidade e negritude a envolver-me, a abafar-me, a pesar o ar, que eu combatia como podia, que eu tentava gerir de forma a não estancar. Mas que continuava a fazer-me encolher de joelhos ao queixo quando finalmente parava, e a fazer-me virar para dentro de mim, para o meu núcleo, deixando-me, nessa altura, descansar e absorver por tudo o que lá encontrava. Nesses momentos, ficávamos cara a cara, eu, a humidade e a negritude, e eu deixava que me tomassem. Porque elas estavam lá, existiam, por mais que olhasse para o lado, continuavam a estar lá e eu tinha que as aceitar e resolver.
E fui resolvendo, ao ponto de, no momento, nos encontrarmos apenas de vez em quando, apenas quando é útil, acho eu. Porque tenho que assumir a sua utilidade. Mas fui resolvendo e resolvidamente assumo-as úteis e ainda presentes. Mas só de vez em quando.
Vai mudar? Não sei. E agora também não me interessa.
Frase do dia
Brillat-Savarin
Provado cientificamente... toma!
terça-feira, dezembro 07, 2010
Sem palavras ou com algumas menos próprias...
- Pois, pois, isto é tudo muito bonito mas se rentabilizarmos mais o nosso tempo, se formos mais eficazes, os chefes vêem que ainda nos podem atirar com mais trabalho para cima! Isso é que era bom! Sim, sim, gestão do tempo e tal... espera aí que eu já te atendo!
Perfil
Ela é casas, ela é alcofas de gatos, ela é máquinas fotográficas, ela é Rainbows... ela é o que vier pela frente e seja passível de apregoar via internet... de graça, claro!
segunda-feira, dezembro 06, 2010
"Novas novidades"
domingo, dezembro 05, 2010
Inevitável
sábado, dezembro 04, 2010
sexta-feira, dezembro 03, 2010
Hoje é um desses
quinta-feira, dezembro 02, 2010
Gosto taaanto deste país!
Este é o nosso triste fado
Do vamos andando e do pobre coitado
Velha canção em que a culpa é do estado
Por ser o espelho do reinado
A história por mais do que uma vez
Foi mais cruel que a de Pedro e Inês
Levou-nos o que tanta falta nos fez
Sem deixar razões ou porquês
Temos fuga ao fisco estradas de alto risco
Temos valiosos costumes e tradições
Que eu não percebo se nos maldizemos
Quais as razões
Temos Chico espertos burlas e protestos
Temos tantos motivos para sorrir
Que eu nem imagino qual será a desculpa
Que vem a seguir
Gosto tanto deste país
Só não entendo o que o faz feliz
Se é rir da miséria de outros quando a vemos
Ou chorar da nossa própria quando a temos
Gosto tanto deste país
Só não entendo quando ele se diz
Senhor do futuro maduro duro mas seguro
E eu juro que ainda não o vi
Os queixumes, sei-os de cor
Endereçados a nosso Senhor
Intercalados com suspiro ou dor
De um bom sofredor
Dentro de momentos seguem-se os lamentos
Não há dinheiro para os medicamentos
Não há dinheiro para tanto sustento
Tão longe vão outros tempos
Gosto tanto deste país
Só não entendo o que o faz feliz
Se é rir da miséria de outros quando a vemos
Ou chorar da nossa própria quando a temos
Gosto tanto deste país
Só não entendo quando ele se diz
Senhor do futuro maduro duro mas seguro
Eu juro que ainda não o vi
Constatação #28
quarta-feira, dezembro 01, 2010
Porque nunca nos lembramos o que raio estamos a comemorar...
Portanto, demos dois murros na mesa, dois pontapés aos Filipes e companhia, e aqui vai disto que o pessoal gosta é de Revoluções que ainda por cima depois dêem em feriados! E eu acho muito bem!
1 de Dezembro de 1640
terça-feira, novembro 30, 2010
A batata, o sovaco, D. Sebastião e eu metida no meio disto tudo!
Nisto, páro no último sinal antes de chegar ao meu destino e ouço uma buzinadela ao lado. Olho e o condutor faz sinal para que abra a janela. Desconfiada, lá me disponho a ouvir o que ele me tem a dizer:
- (com sotaque do Norte) Batata! Cum batata!
O sinal abriu sem me dar tempo de abusar da simpatia do colega condutor do Norte e perguntar mais umas coisitas sobre os conselhos que me dava: mas... batata cozida? Crua? Frita? Se for frita vou já ali ao MacDonalds e esfrego um pacote no vidro! E essa coisa do cigarro... utiliza-se o fumo, é isso? Ou o cigarro propriamente dito? Deduzo que aceso... mas limpa-se a gordura com a brasa??? Porque isto é importante! É que aplicar a sabedoria popular à optimização da performance de peças automóveis não é para qualquer um, é coisa de profissional e eu precisava saber concretamente o que fazer! Mas pronto, não deu tempo e lá nos despedimos com um "obrigadinho, boa noite para si também!" Continuei e só me vinha à cabeça há quanto tempo aquela alma devia vir atrás de mim a ver-me conduzir toda torta e a atirar-me ao vidro feita louca a cada paragem forçada (ou nem por isso) para sentir necessidade de me aconselhar...
Mas enfim. A noite seguiu, com aromas orientais temperados de... sovac... cof, cof, cof... não, quer dizer... café!... (combinamos que aquele odor seria do café, alguma moagem especial, pronto...) enquanto a conversa boa fluia como sempre. Sissas são sempre sissas...
De novo no carro, as duas marrecas a tentar ver a estrada à nossa frente através dos únicos pedaços de vidro minimamente limpos, mesmo juntinho ao tablier... Mas já éramos duas, a tarefa estava facilitada...
Volto a casa através do nevoeiro (e o que eu gosto de nevoeiro!), tal qual D. Sebastião dos tempos modernos (faltava-me o colarinho em harmónio, é certo...), a piorar a visibilidade mas que se lixe, é bonito que se farta, adoro andar lá pelo meio!... e assim me brinda a meia-noite.
Paralelamente, o Universo a dar tréguas. Pode não parecer, amiga, mas é, acho que é essa a intenção d'Ele.
Paralelamente, a noção estranha que forças ocultas podem mesmo existir. Talvez por serem ocultas nunca lhes dei grande crédito mas sei lá, já não sei nada...
Paralelamente, a vida a correr. Muitas vezes embaciada também.
segunda-feira, novembro 29, 2010
Perfil
(Este "até mesmo" caiu bem, não caiu? A dar a ideia de que só avanço quando não há outro remédio... suckers!!! ;))
Frase do dia
A minha alma anda muito ocupada, então... e deve estar a escrever um calhamaço!
Hot!
sábado, novembro 27, 2010
Carta V
As coisas mudaram desde a última carta, como é suposto, como seria de esperar. O tempo foi passando, como é seu hábito, através de mim, comigo ou levando-me, foi passando e eu passei com ele como pude. E fomos mudando os dois, muitas vezes não a par e passo, mas lá fomos seguindo o nosso trajecto. E se o tempo por si só não muda nada, é um precioso auxiliar quando queremos ou temos que mudar e tomamos essa decisão. Tempera, favorece, acolhe a mudança e mima-a, fazendo-a crescer.
Mas, o tempo e eu, levámos-me a um determinado patamar que não consigo definir. Houve escuridão absoluta, fundo de buraco, floresta tenebrosa e densa, e eu lá estava "etiquetada" dessa forma. Mas agora não sei bem onde estou...
Por isso, hesitei em escrever-te. Porque queria dizer qualquer coisa como "agora estou assim e assado e fiz isto e aquilo e penso e sinto desta e daquela maneira" e não um "não sei...". Porque ninguém escreve a ninguém para dizer "não sei".
Mas confio. Confio que não precises das minhas cartas ou da minha verbalização para me entender. Confio até que estejas mais à frente do que eu e já saibas bem o que tudo isto significa. Por isso, e partindo desse pressuposto, aqui vamos então...
Estou a andar e não andando. Talvez seja essa a grande diferença. Estou a andar de cabeça mais direita, de passada mais convicta, estou a andar para a frente. Ainda não sei onde vou mas sei hoje, com toda a certeza, que não quero mais ficar às voltas no meio do buraco e que é fundamental que de lá saia. Às vezes pergunto-me o que achas de tudo isto... será que sentes desilusão? Será que me consideravas mais forte? Será que esperavas o retomar de um caminho mais cedo? Será.. que te desiludi..?
Vou fazendo o que posso, como posso. Há dias difíceis mas já aprendi a aceitá-los e a esperar com mais fé por dias melhores. Mas já há dias em que me revejo como eu sou, partes de mim só minhas que não se deixaram levar pela enxurrada. Acho que hoje voltei a ser mais quem tu conheceste. Mas diferente, apesar de tudo, mas até melhor, gosto eu de pensar. E só uma coisa me entristece nesta melhoria... é o facto de não ta poder mostrar.
A nossa pessoa em comum tem também os seus dias. E os "seus" dias não são fáceis de ir levando... porque, como sabes tão bem, os "seus" dias transbordam de si e escorrem num largo perímetro, molhando quem esteja mais próximo. E eu sou que lá está. Estou a ver o teu sorriso agora, dizendo-me "eu sei, conheço a "peça" há 40 anos, sei muito bem como é!" Estou a ver o teu sorriso e a sorrir contigo.
Nem imaginas a quantidade de vezes que sorrio contigo, nem imaginas. Tudo, qualquer coisinha de nada, me faz pensar no que dirias, farias, pensarias... e quase sempre sei bem o que seria. E sorrio por te conhecer tão bem, sorrio por sentir assim a tua presença como se nada tivesse mudado. Nem imaginas a quantidade de vezes que me esqueço que tudo mudou...
Estou a andar, é o que posso dizer, estou a andar. Peço desculpa pela indefinição mas é o que tenho para dar de momento. Estou a andar e, por incrível que pareça, sinto sempre que, enfiada num buraco, a dar passadas largas ou a recuar, a estancar no espaço e no tempo, seja o que for, tu o fazes comigo. É o meu grande segredo, acho eu. É o meu grande truque, é o meu grande privilégio.
sexta-feira, novembro 26, 2010
"Prostibrutas"
quinta-feira, novembro 25, 2010
Ranger, é o que sou, uma power ranger!!
-"Pois é, isto vai prejudicá-la com o tempo... desgasta... talvez um molde de borracha para dormir...". (Certo.. e dia, como faço? Molde de borracha de dia?? Havia de ser bonito...)
- Mas ok, então, ó dótôre, diga lá quanto... (money, graveto, pilim, pasta, carcanhol, cappicce?)
- Então... isso é coisa para andar aí à volta de... unsdoisnumerosemuitoszeros euros....
- Ahahahahahahahahah! Caramba, dótôre, você é um piadista de primeira, pá! Olhe que não fazia ideia! Ahahahaah! Que coisa, até estou a chorar de tanto rir! Aaaiiiiii... ok... já acalmei... pare lá de reinar comigo e diga lá a sério...
- ................................................
- Eerrr... ceerrttoo... eerrr... só uma perguntinha... e uma tábua? Não faria o mesmo efeito? É que assim dava para travar a mordedura e, nas horas vagas, dava com ela na cabeça para aprender!!! Hein, o que acha, dótôre?!?!?
quarta-feira, novembro 24, 2010
Num abrir e fechar de olhos
terça-feira, novembro 23, 2010
WTF....!?!
segunda-feira, novembro 22, 2010
Os dias em que o mundo dá voltas depressa demais
domingo, novembro 21, 2010
E... é domingo
E o passeio no parque que tento não dispensar. Vou sentir falta dele quando me for embora, vou sentir falta de me perder na sua amplitude, de me tornar apenas mais uma árvore ou uma folha caída no chão quando lhe ofereço os meus passos. Vou sentir falta do cheiro e da brisa, dos bocadinhos de sol e sombra aqui e ali. Mas ele fica, no mesmo lugar de verde e castanho, cabe a mim a responsabilidade de nos voltarmos a encontrar.
E as pequenas árvores que também pela minha mão encontraram terra para crescer, a energia minha e de outros, tantos outros, que tiveram vontade de sair de suas casas e dedicar-se ao resto do mundo.
E o dia que é de chuva e de sol e eu hesito entre abrir o chapéu ou colocar os óculos escuros. E escolho os dois não me importando com o ridículo da situação porque o dia assim o merece e porque de chapéu bem aberto e óculos escuros por baixo é que se vê bem o arco-íris.
E as outras esferas que roçam o meu perímetro. Umas deixo que se liguem a mim nos seus elos e penetro eu também nelas para me dar a quem as habita. Outras afasto com mão, suavente as empurro, tal qual bolha de sabão, para fora de mim. Porque não são minhas, de todo, não são minhas, em nada se ligam a mim e qualquer intersecção será contra-natura.
E a velhota gorducha com a sua cadela velhota e gorducha... dizem que os cães assumem a personalidade dos donos. Pois, ora cá está. Acho, assim, que não devo ter um cão...
E o tempo que começa a deslizar, a adocicar algumas horas.
E a certeza de que perdi muito, não ganhei outro tanto mas alguma coisa, e que há pedaços que se viram engolidos pela vida onde foram criados e que lá ficaram para sempre. Mas há outros, que julgava perdidos, mas que agora vejo que continuam a pairar à minha volta apenas aguardando a hora de que eu lhes deite a mão e os volte a incorporar em mim.
E a vida que consegue pregar tantas rasteiras e nós que a vivemos vamos ter que ir aprendendo a cair e levantar, a equilibrarmo-nos em cima do muro, a decidir se e quando nos devemos deixar levar por ela ou devemos domá-la para que não nos ultrapasse e não nos afunde, mais e mais, nos seus calabouços.
sábado, novembro 20, 2010
quinta-feira, novembro 18, 2010
Frase do dia
Orando... que também quer dizer "rezando"!
Agora, vamos imaginar esta situação meramente hipotética: ter que dar formação a três grupos diferentes quase de seguida, sem ter tido grande tempo para me preparar por razões várias e... de garganta inflamada... bom, não é?
Melhor ainda só mesmo... isto não ter nada de hipotético!
quarta-feira, novembro 17, 2010
Constatação #27
(Talvez por isto gostasses tanto deles, talvez já soubesses e apenas esperasses que eu, um dia, o descobrisse também... )
terça-feira, novembro 16, 2010
segunda-feira, novembro 15, 2010
Mais uma, daquelas...
Bad day, looking for a way home,looking for the great escape.
Gets in his car and drives away,
far from all the things that we are.
Puts on a smile and breathes it in
and breathes it out, he says,
bye bye bye to all of the noise.
Oh, he says, bye bye bye to all of the noise.
Doo doo doo doo doo noo noo
Doo doo doo doo doo noo noo noo noo
Doo doo doo doo doo doo doo
Doo doo doo doo doo doo noo noo noo
Hey child, things are looking down.
That’s okay, you don’t need to win anyways.
Don’t be afraid, just eat up all the gray
and it will fade all away.
Don’t let yourself fall down.
Doo doo doo doo doo noo noo
Doo doo doo doo doo noo noo noo noo
Doo doo doo doo doo doo doo
Doo doo doo doo doo doo noo noo noo
Bad day, looking for the great escape.
He says, bad day, looking for the great escape.
On a bad day, looking for the great escape,
the great escape.
domingo, novembro 14, 2010
É trê cem, é trê cem...!!!
Sem palavras ou com algumas...
sábado, novembro 13, 2010
Salta da cama, arruma, corre, recebe, visita, voa...!
sexta-feira, novembro 12, 2010
Frase do dia
Porque é que não te deixas ficar quieta!?!
Triturando
Trouxe a certeza de que, apesar de tudo, sou uma pessoa bem resolvida. Senti na nuca os olhares e a energia negativa que emanavam e deixei-me estar não deixando que me afectassem. Ali fiquei, no meu espaço, meu por direito, meu porque eu quero, assumi-o sem que qualquer intimidação me tocasse. Fui eu, estive eu e o resto é conversa.
Ouvi um suspiro entre lágrimas que me disse: nunca mais foi o mesmo. E, pela primeira vez na vida, senti empatia com aquele ser que conheci tão pouco... nunca mais fomos os mesmos, pela mesma razão, pela mesma pessoa.
E, por último, aquele quase estranho foi-me sendo apresentado através de outros, através das suas palavras e olhares, através da sua dor. Em poucas horas, passou a ser um quase conhecido. E, em poucas horas, compreendi um pouco mais de quem era afinal e, acima de tudo, vislumbrei o que tu sempre conheceste. Sou mais rica cá dentro por isso.
De resto... bom, o resto aqui continua, sendo amassado e amassado de novo, devagar, devagarinho, ao meu ritmo, caminhando para que se desfaça. Uns dias consegue enublar-me os olhos, outros, é o sol que irradia em mim. E nestes últimos, volto a ser aquela que consegue entusiasmar-se com as pequenas coisas. E isso é bom.
quarta-feira, novembro 10, 2010
Sem remédio
Pergunto-me: se nem a morte o trava, quem o pode fazer...?
terça-feira, novembro 09, 2010
Mães...
(Respira, conta até dez, respira... 1... 2... 3...)
Lá atrás #5
segunda-feira, novembro 08, 2010
Privilégios
Houve risos. Houve choro. Houve mãos dadas, carinhos, gargalhadas, estupidez natural e saudável, empatia. Houve histórias más, emoções desenfreadas, corpo a tremer. Houve dores no peito e na alma, houve alívio, tristeza e alegria. Houve amor. As cinco entrelaçadas, cada uma com a sua carga, houve espaço e tempo para cada uma e para todas em conjunto.
É um privilégio, sem dúvida, um enorme privilégio.
A noite seguiu e o carro levou-nos, a gargalhar também, para que seguíssemos o resto das nossas vidas. Houve abraços e sorrisos, mãos quentes à chegada. Houve calma e desespero, noite mal dormida e sonhos, houve o continuar depois de tudo isso. Na mente, as conversas, as palavras, as expressões das cinco almas gravadas na minha memória, o que disseram, o que sentiram, o que calaram. Na minha mente, a certeza de que ainda não acabou para nenhuma, que está só no início para algumas, que para mim ainda há caminho a trilhar. Mas... nós estamos lá, eu sei, nós estamos lá.
Disseram-me antes que é assim "a vida dos adultos". Repetiram "caga nisso" e acrescentaram mais palavras duras e verdadeiras, palavras que tento absorver por mais que me doa, palavras que passo adiante para quem precisa de as receber também.
sexta-feira, novembro 05, 2010
O J.(inho) descrito pela tia...
:))
Intervalo
Mas... todas as portas são minhas, todas ladeiam o corredor de casa senhorial que eu sou. Mesmo as que encerram o escuro, são minhas, minhas e só minhas, e sou eu que tenho que decidir o que lhes fazer. Todas esperam a minha resolução, a minha definição do seu destino. Mas eu não sei.
Tentei explicar a mim mesma cada uma delas. Mas a multiplicidade de condições, abertas, semi-abertas, fechadas, com interior branco ou roxo, herméticas ou medrosas, de estrutura grossa ou assim assim... ultrapassa-me. Ultrapassam-me. Resta-me sentar no chão de madeira escura e recuperar o fôlego. Resta-me esperar que a respiração normalize, que as ideias assentem, que consiga prioritizá-las. Resta-me descansar um bocadinho para depois me levantar e, a pouco e pouco, dar conta delas outras vez.
quinta-feira, novembro 04, 2010
quarta-feira, novembro 03, 2010
Poeiras
Sonhos "pesadelados", preocupações, nervoso miudinho e, por outros lados, descobertas, pequenas descobertas que me atiram para anos antes, que me fazem sentir tão pequenina, saudades, orgulho, alma cheia, lágrimas como palavras das emoções. Pontadas. Pontadas de algo nas profundezas que tento calar ou, pelo menos, apaziguar mas que, de vez em quando, ainda dá sinal da sua existência. Que seja, já foi pior e sobrevivi. Nada me diz que não consiga continuar com a cabeça erguida. Mas é frustrante, tão frustrante... porque me dou conta que passamos a maior parte do nosso tempo a tentar manter-nos à tona, apenas e só. Demasiado cansados para nadar seja em que sentido, a levar com as ondas "de chapa", a lutar, apenas e só, para não afundar de vez. À volta, só água, e a bússola não diz para onde está a terra. Eu e outros à tona e à deriva...
Pára! Pára. Assim não consegues perceber nada. Pára, deixa assentar.
terça-feira, novembro 02, 2010
sábado, outubro 30, 2010
sexta-feira, outubro 29, 2010
(In)decisões
quinta-feira, outubro 28, 2010
Teia
E reafirmo, dentro de mim, a importância e indispensabilidade da "rede". A minha "rede". Aquela que estica e encolhe, que se torce e contorce, que muda e varia, mas que está sempre lá e lá esteve quando eu caí e caí e voltei a cair.
Mas eu não sou só "quem cai", sou também um dos seus fios, são também as minhas mãos que se entrelaçam com outras para a formar e para amparar outras quedas.
E sim, vem chegando a altura de reassumir esta minha posição na sua orgânica.
Cai. Se tiveres que cair, cai. A "rede" está aqui. Eu estou aqui.
Azari, azaró!
O pé torceu-se sobre si próprio e mandou-me ao chão, em plena estrada. Por sorte, o carro que por ali circulava era só um e vinha devagar... Coxeei para a berma, esperei que os meus tendões enfraquecidos se acalmassem (eles acabam sempre por voltar ao lugar, eu já sei... décadas de experiência acumulada no domínio das torções dos membros inferiores, ah pois é!) e segui caminho. Agora, sinto-os a latejar... bonito!! Sendo que se aproxima um fim de semana grande, não há nada melhor do que ter que ficar de pé estendido!! Olha que bom! Realmente, há pessoas com muita sorte, não há dúvida!
Ah! Mas espera! As notícias comunicam alerta amarelo da metereologia para todo o país! Epá, que espectáculo! Mais vale ficar de "pé ao peito", então!
Grunf... calma, tem calma... não desesperes já. O dia ainda não acabou e este post tem grandes probabilidades de não se ficar por aqui...
"Caga nisso!"
quarta-feira, outubro 27, 2010
Google images
terça-feira, outubro 26, 2010
E vou dizendo
A cabeça encosta-se tentando ouvir o bater do coração, tentando sentir calor. E consegue, por uns momentos, uns momentos em que tudo desaparece e ela volta ao ninho de conforto e de segurança de quem está onde está porque é ali que pertence. Mas são momentos, apenas isso. A realidade apresenta-se em toda a sua dureza, sem arredar pé, por mais que tente amaciá-la. Um dia, digo eu, um dia.
E o telefone toca e a tristeza percorre os fios. Do lado de lá, onde também estou, ouço os soluços. Solidão, saudade, saberás o que é? Sei, digo eu, sei muito bem. Mas digo apenas para mim porque agora não interessa nada que saiba, agora só interessa que ouça.
C., E., E., F.... algumas das minhas letras a rodopiar também por este mundo onde os dias parecem ter vontade própria e nos levam na corrente. Porque um dia acordámos e estávamos no meio do remoinho. E agora? Seguimos em frente, digo eu, levantamo-nos e seguimos em frente com a certeza de que muito não depende de nós mas de nós depende a forma como damos as mãos e embarcamos na viagem.
E hoje o sol trouxe também a esperança. E é bom tê-la do meu lado mesmo sabendo que pode ser fugaz. Mas aprendi a acariciá-la quando a tenho comigo esperando que o meu amor por ela vá quebrando as barreiras, vá ganhando a sua confiança, consiga acalmar o seu espírito nervoso e a faça ir ficando, tal qual gato assustadiço, que foge ao mínimo movimento mas que, devagarinho, se deixa ir tocando. Talvez baste não desistir, digo eu, espero que baste não desistir.
segunda-feira, outubro 25, 2010
Maus fígados
Mas melhor de tudo, melhor de tudo... quando o solo enfadonho também é... como dizer... estúpido! Até se pode pensar que, sendo estúpido, dá vontade de rir e que seria bom. Mas não, não dá. Dá vontade, sim, mas de bater forte e feio, como se não houvesse amanhã! E isso faz muito mal aos nervos, não aconselho. Enfim, depois da saída brilhante que foi dizer a um colega "não quero que penses que és a ovelha negra do grupo" quando o moço é mulato, a pedra de toque foi mesmo chamar o meu nome e o da minha colega do lado, quando falávamos uma com a outra... olhámos, tentámos perceber o que nos queria, talvez perguntar alguma coisa, pedir a nossa intervenção... e, não tendo acontecido nada, lá percebemos. Não, não queria coisa nenhuma de útil e relevante. Mas, tal e qual professor da primária, resolveu "puxar-nos" as orelhas, à frente dos outros meninos, por não estarmos a prestar atenção ao que ele estava a dizer! Só isto! Simplesmente isto!
Epá, estou que nem posso..! Nada melhor para começar uma semana de trabalho, depois de uns santos dias ausente, do que ser tratada como uma atrasada mental! É realmente um gosto sem tamanho!
Sou uma "sabona"
"I could really use a wish right now "
In the night sky
Are like shooting stars
I could really use a wish right now (wish right now, wish right now)
Can we pretend that airplanes
In the night sky
Are like shooting stars
I could really use a wish right now (wish right now, wish right now)
Yeah
I could use a dream or a genie or a wish
To go back to a place much simpler than this
Cause after all the partyin' and smashin' and crashin'
And all the glitz and the glam and the fashion
And all the pandemonium and all the madness
There comes a time where you fade to the blackness
And when you're staring at that phone in your lap
And you hoping but them people never call you back
But that's just how the story unfolds
You get another hand soon after you fold
And when your plans unravel
And they sayin' what would you wish for
If you had one chance
So airplane airplane sorry I'm late
I'm on my way so don't close that gate
If I don't make that then I'll switch my flight
And I'll be right back at it by the end of the night
Can we pretend that airplanes
In the night sky
Are like shooting stars
I could really use a wish right now (wish right now, wish right now)
Can we pretend that airplanes
In the night sky
Are like shooting stars
I could really use a wish right now (wish right now, wish right now)
Somebody take me back to the days
Before this was a job, before I got paid
Before it ever mattered what I had in my bank
Yeah back when I was tryin' to get into the subway
And back when I was rappin' for the hell of it
But now a days we rappin' to stay relevant
I'm guessin that if we can make some wishes outta airplanes
Then maybe yo maybe I'll go back to the days
Before the politics that we call the rap game
And back when ain't nobody listened to my mix tape
And back before I tried to cover up my slang
But this is for the Cada, what's up Bobby Ray
So can I get a wish to end the politics
And get back to the music that started this sh-t
So here I stand and then again I say
I'm hopin' we can make some wishes outta airplanes
Can we pretend that airplanes
In the night sky
Are like shooting stars
I could really use a wish right now (wish right now, wish right now)
Can we pretend that airplanes
In the night sky
Are like shooting stars
I could really use a wish right now (wish right now, wish right now)
quinta-feira, outubro 21, 2010
terça-feira, outubro 19, 2010
Sobre a implantação da República
"É terrível a ideia. Pode matar mas não morre quando aparece justa e boa aos olhos dos homens."
segunda-feira, outubro 18, 2010
sexta-feira, outubro 15, 2010
Desabafo para não desatar aos gritos com alguém (ou "alguéns")!
Thank Gods it's Friday!
(não, não me enganei, é mesmo God no plural que em tempos de crise é melhor apelar em todos os sentidos!)
quinta-feira, outubro 14, 2010
O EU não sabe nadar, iôôôô...!
"Ok, T., pensa de ti para contigo o que é que vais fazer." Ainda tento um ou dois telefonemas mas ninguém me atende. O que faço, o que não faço, não posso deixar o carro aqui enquanto vou algures buscar gasolina porque embora esteja encostado à berma, há carros estacionados que não saiem portanto vamos lá embora mas é tentar empurrar isto para cima do passeio para não incomodar ninguém. Destrava, ponto morto, abre o vidro e, com uma mão no volante e outra na janela, começa ela a empurrar. Pois... mas o carro é mais pesado do que eu pensava e, ainda por cima, está num piso ligeiramente inclinado para o sentido contrário ao que eu pretendo seguir! Conclusão, empurra, ruge, bufa e nada. O dito, quanto muito, anda ainda mais para trás.
"Ok, T., tu pensa, mulher, que és uma rapariga desempoeirada e desenrascada, uma mulher moderna que sabe resolver os seus problemas, vamos lá a raciocinar e a ver o que se pode fazer.". Nisto, olho em volta e vejo uma oficina de pneus ali perto. Nem mais! Certamente que existe por lá um par de mecânicos fortalhaços que, num abrir e fechar de olhos, me tiram esta gaita do caminho. Ali vai ela, entra, tudo em silêncio, ninguém a trabalhar. Espera, tosse, diz "boa tarde", e lá do fundo aparece um mecânico... pequeno... franzino... a passar dos 60... Ooookkkk... mas lá teve que ser...
- Boa tarde, peço imensa desculpa mas preciso de uma ajuda... fiquei sem gasolina, tenho o carro ali a empatar, será que por aqui não haverá alguém que me possa ajudar a deslocá-lo?
Simpático, afável, o senhor ofereceu-se quase imediato. Ainda olhou em volta, a ver se algum colega imaginário se materializava mas não, não teve sorte. E assim nos dirigimos à viatura. Primeiro tentámos para a frente mas era perigoso, estávamos a seguir a uma curva, e o carro é pesado (também para ele, oh, que espanto!) e tinhamos que nos atravessar na estrada, "não, assim não dá". Depois ele decidiu que iriamos para trás e que ele empurrava sozinho (assim também eu, era a descer!) e que ficasse eu ao volante. Manobra e mais manobra e lá enfiei o EU (o carro, não o outro) na garagem do homem (salvo seja!). Eu suava... ele também... aliás, acho até que ele estava quase a desfalecer...
- Muito obrigado pela sua ajuda, peço imensa desculpa mais uma vez, agradeço imenso, vou então à bomba mais próxima buscar gasolina.
- E tem recipiente?
- Eerr... então mas eles não vendem garrafões lá?
- Não! Tem que levar, depois eles enchem! Deixe, que tenho aqui um.
- Muito obrigado, muito obrigado...
E lá fui eu, de garrafão de 5 litros, marca BP, Chelas afora. " Ó T. mas, que mal te pergunte, o que estavas a fazer em Chelas? Não me digas que foste buscar droga?". Não, não fui... mas, assim como assim, mais valia! Ia Chelas afora, com o garrafão de 5 litros e, eventualmente, acompanhada por um qualquer elefante voador, com a cabeleira do Slash, a cantar Madredeus! Era bom. Mas não, desgraçadamente lúcida era como eu estava.
Chegada à bomba, dirijo-me a um funcionário. "Mas sabe, eu estou de folga, só vim aqui por acaso, vá ter ali com o meu colega". E fui. O colega falava ao telemóvel (não é proibido nas bombas de gasolina???), esperei, esperei mais um bocadinho, até que ouço:
- Deixe cá ver isso, que eu trato (voltou atrás o tal que estava ali por acaso).
- (e eu simpaticamente, porque eu consigo ser simpática quando quero) Não, deixe estar, eu espero. Então o senhor está de folga e eu aqui a dar-lhe trabalho..!
- Não custa nada! A senhora está pior que eu de certeza! (pois... devo estar... não estou drogada!)
Então, mas faltou-lhe a gasolina, foi...? ("calma, acalma-te T., ignora o tom paternalista, faz favor, é uma questão de necessidade, finge que ele não fez o sorrisinho "mulher ao volante...". Sorri!)
- (sorrindo) Pois, veja lá, acontece aos melhores! ("não podias estar calada, pois não???")
- Mas olhe, tem que arranjar uma garrafa de água e fazer-lhe um corte para servir de funil senão não consegue verter bem a gasolina lá para dentro.
- Eerrr... certo, não se preocupe, o carro está ali numa oficina, eles devem ter qualquer coisa do género. Obrigado!
E aqui vou eu de novo, desta vez com o garrafão a pesar e o sol a fazer-se sentir um bocadinho mais. Chego, o mecânico amável aparece e diz: "Huuummm.. temos que ver se arranjamos aqui uma garrafa de água e fazer-lhe um corte para servir de funil senão não consegue verter bem a gasolina lá para dentro" (Caramba! O consenso absoluto no que diz respeito ao "desenrasca" no mundo da reparação automóvel! Estou impressionada!). Mas, por acaso, até encontrou um funil mesmo funil e "para a menina não se sujar" tratou ele de meter mãos à obra. O funil/funil não devia ter muito uso e por isso o tempo já se tinha encarregado de lhe fazer um golpes na borracha, de maneira que uma parte da gasolinha (e dos 5 euros e tal e das energias que gastei a fazer caminho para lá e para cá!) vertiam para o chão...
Mas pronto, lá bebeu o que havia, lá se pôs a andar até à bomba, "já agora, sendo que ainda estou em Chelas, é melhor não arriscar", lá decidi que merecia um chocolate por toda aquela provação. E, enquanto comia, esforçava-me para pensar nos aspectos positivos do episódio em causa:
- Nunca tinha ficado sem gasolina em andamento. Mais uma coisa que posso acrescentar à lista dos been there, done that! Experiência de vida adquirida, portanto.
- Nunca tinha tentado empurrar o meu carro sozinha. Verifiquei assim, na prática, o que sempre pensei: não fui feita para certas coisas, pague-se a quem as faça!
- Nunca tinha tido o privilégio de penetrar tão profundamente no mundo da reparação automóvel. Fiquei a saber que os mecânicos, no geral, são tipos dados à bricolage, verdadeiros mestres do corte e costura, o que revela uma certa sensibilidade para as artes por mim desconhecida. E que 1 garrafa de plástico + 1 corte = 1 funil.
- Sempre achei que a gasolina era castanha ou amarelada nunca tendo, de facto, olhado bem para a dita. Mas não é, é roxa, ou pelo menos a minha era, o que me fez perceber que combustível pode ser algo altamente fashion.
Há raparigas cheias de sorte...
"Tia T.(inha), vou-me deitar sentado, está bem?"
Cognome
(havendo Cerelac ou Nestum Mel à mão, aguento o canal Panda as horas que for preciso!)
quarta-feira, outubro 13, 2010
Frase do dia

Mas hoje não me fico só pela frase.
E esta "Frase do dia" é um dos meus novelos terminados. E tenho orgulho nele.
Durante muito tempo, coração e cabeça não se entendiam. Rumavam em sentidos opostos, cada um puxando para seu lado, obrigando-me a usar de todas as minhas forças para me conseguir equilibrar. Durante muito tempo, coração e cabeça gritavam alto palavras de ordem díspares. Durante muito tempo, cabeça e coração puxavam a brasa, cada um à sua sardinha. Mas, durante esse tempo, e por mais que de vez em quando cedesse mais a um lado ou a outro, consegui ter consciência que eu, este "eu" de hoje como o "eu" de ontem, iria dar passos, sim, mas apenas e só quando cabeça e coração parassem de gritar e se entendessem, sem que um se sobrepusesse ao outro.
Foi difícil, muito difícil, e houve alturas em que perdi a esperança de que alguma vez conseguisse equilibrar os pratos da balança. Porque é fácil assumir um das duas posturas e pronto, agir só desta forma ou só da outra. É mais fácil porque nos dá um rumo, porque é dos livros o que faz alguém maioritariamente emocional ou, pelo contrário, racional. Porque é sempre mais fácil escolher um extremo e seguir a sua cartilha. Porque é sempre mais fácil seguir percursos já traçados e mapeados.
Mas eu não era assim. E continuo a não ser. Tenho que sentir. E este "sentir" meu vai muito para além das emoções. Mistura sentimentos, sensações, intuição, racionalidade, conhecimento interior, certezas ou, pelo menos, lógicas, mesmo que só minhas, mas que existam cá dentro, intrinsecamente, entranhadamente. Esta sou eu. E os passos que dou têm que ser impregnados de mim. E os passos que dou têm que ser dados quando for hora, a minha hora.
Ao longo do "processo" sofri pressões, influências várias, de quem me ama e quer ajudar, de quem acha que sabe como isto se faz, das circunstâncias, dos dias maus e dos dias bons, da chuva e do vento, do sol e da lua, das cartilhas variadas que todos parecem ter na ponta da língua. Mas não cedi. Esperei e desesperei. Esperei e desesperei. Acordei sem ânimo, chorei, pensei, falei e falei, ouvi e absorvi o que para mim fazia sentido, esmiuçei, tive medo. Esperei.
Hoje ainda espero porque ainda há muitas pontas de lã soltas. Mas tenho orgulho nos meus novelos terminados e arrendondados nas minhas mãos. Porque têm a forma que eu quero, porque foram feitos à minha maneira tendo-me a mim, ao meu coração e à minha cabeça, em conjunto - e caminhando num mesmo sentido e gritando as mesmas palavras - como molde. Porque os "sinto". Porque sou eu.
Porque é daquelas que, de repente, faz todo o sentido
Keane
I walked across an empty land
I knew the pathway like the back of my hand
I felt the earth beneath my feet
Sat by the river and it made me complete
Oh simple thing, where have you gone?
I'm getting old and I need something to rely on
So tell me when you're gonna let me in
I'm getting tired and I need somewhere to begin
I came across a fallen tree
I felt the branches of it looking at me
Is this the place we used to love?
Is this the place that I've been dreaming of?
Oh simple thing, where have you gone?
I'm getting old and I need something to rely on
So tell me when you're gonna let me
I getting tired and I need somewhere to begin
And if you have a minute, why don't we go
Talk about it somewhere only we know?
This could be the end of everything
So why don't we go somewhere only we know?
Somewhere only we know
Oh simple thing, where have you gone?
I'm getting old and I need something to rely on
So tell me when you're gonna let me in
I'm getting tired and I need somewhere to begin
And if you have a minute, why don't we go
Talk about it somewhere only we know?
This could be the end of everything
So why don't we go? So why don't we go?
Oh, this could be the end of everything
So why don't we go somewhere only we know?
Somewhere only we know
Somewhere only we know
Há coisas que me transcendem!
terça-feira, outubro 12, 2010
Hoje é dia!
Porque hoje é dia de C.! (Sim, começou ontem, eu sei, mas ontem eu não pude participar.).
É dia de avanços, de energias positivas, de justiça divina, ou o que queiram chamar ao que vem lá de cima e compõem as coisas, de portas a fechar, de engrenagens a desemperrar, de sorrisos e olhos brilhantes.
E hoje, como é dia de C., também é dia de T.! IIuuuupppiii!
domingo, outubro 10, 2010
Perfeita...
Wooden floors, walls and window sills...
Tables and chairs worn by all of the dust...
This is a place where I don't feel alone
This is a place where I feel at home...
Cause, I built a home
for you
for me
Until it disappeared
from me
from you
And now, it's time to leave and turn to dust...
Out in the garden where we planted the seeds
There is a tree as old as me
Branches were sewn by the color of green
Ground had arose and passed it's knees
By the cracks of the skin I climbed to the top
I climbed the tree to see the world
When the gusts came around to blow me down
I held on as tightly as you held onto me
I held on as tightly as you held onto me...
Cause, I built a home
for you
for me
Until it disappeared
from me
from you
And now, it's time to leave and turn to dust...
sábado, outubro 09, 2010
Coffee shop e banquinho à beira rio
sexta-feira, outubro 08, 2010
Neeeeeee!!!
Tal como quando acabo de ler um bom livro, sinto-me mais rica...
quarta-feira, outubro 06, 2010
Dam, dam, dam... beautifull Dam!
segunda-feira, outubro 04, 2010
Fora de mim
Tento não me deixar sugar pela tristeza, tento ficar acima dela para que não a alimente ainda mais. Tento desviar o olhar e o pensamento, os seus e os meus. Tento manter a cabeça erguida, segurar as lágrimas na esperança que a aparente indiferença funcione como calmante para os ânimos. Lembro-me que fazias exactamente a mesma coisa. Mas é diferente, não é? Agora é diferente. Porque hoje sou a única, a que resta, a única que existe. É com as minhas mãos que conta, de mais ninguém, é delas que espera segurança e apoio. É nelas que quer descansar às vezes. Mas, às vezes, eu não posso dá-las dessa forma. Às vezes, não posso responder a resposta que quer ouvir porque acredito que, por mais lhe assim lhe pareça, não é essa a solução, apenas contribui para o remedeio.
Pergunto-te muitas vezes: estou a fazer bem? O que achas? Entendes-me?
E confio daquela forma cega e irracional de quem sente mas não vê. Confio que me vês e que também eu conto com as tuas mãos para me guiar.
Too much, ou em português, tomates...
A conversa continuou, o homem falou que se desunhou, o gato B. cheirou-o de alto a baixo, eu dobrei-me mais não sei quantas vezes para o pôr na ordem. Até que, preparando-me para o afastar pela milésima vez, algo me trava... O sr. agente imobiliário, mais à vontadinha, está na ponta de sofá de pernas abertas. O gato B., aproveitando a abertura, eleva-se e enfia o focinho nos... nas... na relíquia do senhor! e lá fica, a registar os odores.
Várias possibilidades tortuosas se me atravessaram a mente naquele momento, enquanto o fulano continuava a falar e eu só via os lábios a mexer: e se eu me tivesse baixado para tirar o bicho? Dava por mim a roçar a testa em ditos alheios! (Será que conseguia vender a casa mais rápido assim...? Hhuumm...). E se o gato B. tem algum antepassado espanhol e não tarda se põe a dar com a pata para perceber melhor com que está a lidar?? Ou decide fazer daquilo trampolim para saltar para o colo? Ou... resolve afiar as unhas????
Ok, pára, sorri, finge que estás a ouvir tudo o que ele está a dizer e que não se passa rigoramente nada abaixo da tua linha de visão, respira fundo... não há-de ser nada...
(Mãe sofre...)